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XVIII CÚPULA SOCIAL DO MERCOSUL

 Avançar no Mercosul com mais Integração, mais direitos e mais participação

Por Amanda Faria Lima, Giovani del Prete e Hélio Júnior 

Entre os dias 14, 15 e 16 de Julho de 2015 aconteceu em Brasília a XVIII Cúpula Social do Mercosul, com a presença de vários representantes da sociedade civil do Brasil e dos países que compõe o bloco (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) e de vários países associados (Bolíiva, Equador, Colômbia em particular). Iniciado com uma abertura solene com a apresentação de representantes do governo brasileiro e da sociedade civil. O evento de três dias reuniu uma diversidade de movimentos sociais em prol da discussão sobre o futuro do Mercosul.

As maiores preocupações apresentadas pelos movimentos sociais e pelos representantes da sociedade civil se basearam no avanço de forças conservadoras e de direita que ameaçam a continuidade do bloco, no receio sobre a falta de informações sobre as discussões entre Mercosul e União Européia e preocupação sobre a relação do bloco com a China.

A crise econômica que assola a região, especialmente após a crise financeira de 2008, representa uma ameaça ao conjunto de direitos conquistado dentro do bloco, além de ameaçar  o processo de aprofundamento, apressaram os movimentos ali presentes.

Dentre os eixos, são debatidos uma ampla diversidade de temas que tocam fortemente as demandas dos movimentos sociais que se reúnem aqui: juventude, mulheres, trabalho, meios de comunicação, participação social, cidadania, negros e indígenas.

Muitas vezes, por conta dos problemas internos aos países, há uma dificuldade em que a sociedade civil se veja como parte do projeto de integração do Mercosul. As pessoas não sabem o que é ser cidadão do Mercosul. O Tratado do Mercosul prevê não somente a integração econômica, mas também a integração social, cultural e humana. As pessoas são a parte mais importante da integração, a parte humana e viva.

O Alto Representante do Mercosul, Dr. Rosinha, destacou o papel importante da Universidade Federal do ABC no processo de discussão da integração, sendo pra ele das universidade brasileira que mais discute integração regional, tendo assim papel fundamental na difusão e conscientização da importância da integração para a nossa região, sendo necessário nos conhecer melhor.

A partir do início da década passada houve, na região, a inclusão social de uma enorme parcela da população que vivia na extrema pobreza e somos a região do mundo que mais abriu oportunidades de estudo. Mesmos assim, existe muita resistência interna para uma maior integração, resistência esta que vem se intensificando nos países do bloco com o atual cenário internacional mergulhado em uma crise financeira.

Para o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, esta crise internacional ameaça profundamente o Mercosul econômico, pois os países ricos procuram sair da crise através das exportações. Fazendo crescer os acordos de livre comércio, que são uma espécie de ‘cavalo de tróia’, pois, uma vez que é estabelecido um primeiro acordo, outros virão à reboque. E o aumento das exportações dos países ricos recai na diminuição do dinamismo econômico dos países periféricos. O que faz por aumentar as vulnerabilidades existentes nos países latino americanos, colocando em risco todos os avanços sociais da última década na região.

Além da crise, o embaixador considera que devemos estar atentos para a aproximação chinesa na região, a qual vem se intensificando nos últimos tempos. Pois a China é um importador de produtos primários. Cabe a nós encararmos esta ameaça de forma a revertê-la em oportunidade. Como por exemplo utilizando o capital chinês para o desenvolvimento do parque industrial e tecnológico dos países latino americanos.

Para Guimarães, a saída está em fortalecermos o Mercosul enquanto ferramenta política, que defenda a legalidade, principalmente daqueles governos que defendem os direitos dos trabalhadores. Pois, se estes governos forem derrubados nós teremos dificuldades ainda maiores para a defesa das conquistas sociais.

Para isso, cabe aos movimentos sociais pressionarem os governos, pois a direita já o faz. A Cúpula Social do Mercosul deve mandar uma mensagem clara aos presidentes, a de urgência na defesa dos direitos já conquistados, sobretudo dos trabalhadores. Os movimentos sociais clamam por mais! Mais direitos, mais integração e mais participação.

 

Amanda Faria Lima, Giovani del Prete, Hélio Júnior são graduandos em relações internacionais pela Universidade Federal do ABC e participaram da XVIII Cúpula Social do Mercosul em Brasília.

 

Curso de Comunicação Científica financiado pelo Newton Fund e FAPESP

O professor Gilberto Rodrigues, do BRI, coordenará uma proposta feita pela UFABC para sediar um Curso de Comunicação Científica para pesquisadores da universidade. Financiado pelo Newton Fund / British Council em Parceria com a FAPESP, apenas três universidades do Estado de São Paulo foram contempladas para sediar esse curso, a partir do Edital - USP, Unicamp e UFABC.

O curso - que será em inglês - ocorrerá entre 24 e 26 de fevereiro de 2016 e terá 20 vagas para docentes e doutorandos da UFABC, com vistas a privilegiar áreas com menores níveis de internacionalização, assim como linhas de pesquisa que tragam benefícios sociais ao país.

Haverá um edital para selecionar os participantes no segundo semestre de 2015. A candidatura da UFABC foi proposta em conjunto com a Assessoria de Relações Internacionais (ARI), com apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa.

Os links para o resultado da chamada e o edital:

http://www.fapesp.br/9570
http://www.britishcouncil.org.br/newton-fund/chamadas/researcher-connect-confap-2015-2016


Reunião no Ministério da Justiça sobre o Plano Nacional de Refugiados com as Cátedras Sergio Vieira de Mello

A convite do Ministério da justiça o professor José Blanes, vice-coordenador do curso de RI e coordenador da Cátedra Sergio Vieira de Mello – UFABC, participou no dia 24 de junho de uma reunião sobre o Plano Nacional de Refugiados promovida pelo Secretário Nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, com a participação de representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e das Cátedras Sergio Vieira de Mello de diversas universidades do Brasil. O objetivo foi definir ações de cooperação com o Comitê Nacional para Refugiados (CONARE) para fazer frente ao aumento de pedidos de refúgio no país, em especial no que tange ao processo de elegibilidade e às políticas públicas de integração local.

Audiência com o Ministro de Relações Exteriores

Professor Giorgio Romano, coordenador do BRI participou de audiência com o Ministro de Relações Exteriores, Embaixador Mauro Vieira no Itamaraty junto com outros integrantes do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI) no dia 25 de junho de 2015. Em pauta estavam os desafios da política externa brasileira e as propostas do GR-RI para ampliar os mecanismos de participação da sociedade civil. Na ocasião o Ministro recebeu um exemplar do livro editado pela UFABC "2003-2013 Uma Nova Política Externa" que sistematizou os debates da Conferência Nacional realizada na UFABC em julho de 2013 com o mesmo nome. Da delegação do GR-RI participou a Professora Maria Regina Soares Lima da UERJ e por parte do Itamaraty o Embaixador Julio Glinternick Bitelli. O Ministro Mauro Vieira expressou seu interesse em conhecer a UFABC e se dispôs a participar de um debate em data a marcar.


 

Encontros e visitas na República Popular da China

Entre os dias 11 e 23 de maio de 2015 o Coordenador do BRI, Prof. Giorgio Romano foi convidado para dar palestras e realizar encontros e visitas na República Popular da China. Entre as instituições visitadas se destacam o Departamento para América Latina e Caribe do Ministério de Assuntos Exteriores, o Shanghai Institutes for Internacional Studies (SIIS), o China Institutes of Contemporary International Relations (CICIR) , o Institute of World Development (IWD), o China Academy of Social Sciences (CASS) a consultoria Gavekal Dragonomics, o Boa Forum for Asia e o Grupo de Mídia Shanghai Wen Hui. Também teve um encontro com o Embaixador do Brasil na China, Valdemar Carneiro Leão. Foram visitadas as cidades Beijing, Shanghai, Nanchang, Lushan e Guanzhou. Mais um passo para colocar o BRI/UFABC no mundo e o mundo na UFABC.

Encontro com Zhu Qingqiao, Diretor-Geral para América Latina do Ministério de Assuntos Exteriores.

Encontro com os pesquisadores Niu Haibin e Zhou Shixin do Shanghai Institutes for International Studies

 

Diplomacia de pingue-pongue com jornalistas do Shanghai Wen Hui