Professor do BRI convidado para debate no II Encontro Nacional do Movimento Estudantil de Relações Internacionais (AMERI)
Entre os dias 7 e 9 de novembro de 2014 foi realizado na USP em São Paulo o II Encontro Nacional do Movimento Estudantil de Relações Internacionais (AMERI). Alunos de 12 cursos de RI de todo o país participaram dos debates. O professor Giorgio Romano, coordenador do curso de RI da Ufabc foi convidado para apresentar a experiência da Ufabc e, em particular, os objetivos e resultados da Conferência Nacional 2003-2013 Uma Nova Política Externa, realizada em julho de 2013 na UFABC em parceria com o Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI).
A criação da Articulação do Movimento Estudantil de Relações Internacionais (AMERI), em 2013, foi pautada pela vontade do movimento estudantil dos cursos de RI de estabelecer um espaço de discussão e popularização das questões tratadas em seus cursos das diversas universidades do país. Partindo do princípio de que o ensino superior tenha que produzir conhecimentos para demandas sociais, a lógica produtivista, arraigada tanto nas instituições como no próprio tripé universitário (ensino, pesquisa e extensão), dificulta essa premissa. Até mesmo o aporte hegemônico em que os cursos foram criados, priorizando literaturas em que o Estado-nação é o principal ator das relações internacionais, impossibilita conseguir atender às questões populares e também perpetua uma lógica de conhecimento acrítico.
Desse Fórum se decidiu a criação da AMERI e do seu primeiro encontro, que aconteceria na Universidade Federal de Uberlândia, entre os dias 17 e 20 de outubro de 2013, sob o tema "A Popularização das Relações Internacionais". Com a ideia que as relações internacionais tradicionais precisam ser contestadas, a articulação tem como objetivo ser um espaço de discussão para se pensar as atuais práticas de ensino, pesquisa e extensão das universidades; que profissional de Relações Internacionais precisa ser formado; novos debates da área de conhecimento; e a expansão de um olhar crítico.
Acreditamos, assim, ser fundamental a articulação com outros movimentos sociais e organizações críticas que propõem a necessidade de transformação da sociedade, e que somem forças à luta das classes populares e trabalhadoras, seja no Brasil, América Latina ou no mundo. Entre as bandeiras de luta da AMERI estão: Lutar pelas causas da classe trabalhadora; Popularização das Relações Internacionais; Democratização da Política Externa; Contra as opressões (gênero, orientação sexual, classe, étnica, etc.); Democratização dos meios de comunicação; e Descolonizar as Relações Internacionais, a partir da compreensão de que estas estão presentes em nossas realidades locais e diárias. Descolonizar também é repensar o Sul - o que é, qual o Sul internamente na nossa realidade -, é entender a democratização como descolonização, é agir nas contradições pensando o local, o nacional, o regional e o internacional como esferas indissociáveis.
Acreditamos, assim, ser fundamental a articulação com outros movimentos sociais e organizações críticas que propõem a necessidade de transformação da sociedade, e que somem forças à luta das classes populares e trabalhadoras, seja no Brasil, América Latina ou no mundo. Entre as bandeiras de luta da AMERI estão: Lutar pelas causas da classe trabalhadora; Popularização das Relações Internacionais; Democratização da Política Externa; Contra as opressões (gênero, orientação sexual, classe, étnica, etc.); Democratização dos meios de comunicação; e Descolonizar as Relações Internacionais, a partir da compreensão de que estas estão presentes em nossas realidades locais e diárias. Descolonizar também é repensar o Sul - o que é, qual o Sul internamente na nossa realidade -, é entender a democratização como descolonização, é agir nas contradições pensando o local, o nacional, o regional e o internacional como esferas indissociáveis.