Livro disponível para dowload
Acaba de ser lançado o livro "Por uma integração ampliada da América do Sul no século XXI", em formato e-book. São dois volumes com 94 artigos divididos em quatro eixos temáticos, que englobam todos os temas tratados no XIII Congresso Internacional do FoMerco, que ocorreu em Montevidéu, em novembro de 2012.
A ponte Brasil-África nas palavras de Matilde Ribeiro
“É impossível compreender o Brasil sem compreender a escravidão”. A frase foi dita pela adjunta da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepir) da Prefeitura de São Paulo e ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do governo Lula, Matilde Ribeiro, em palestra na UFABC, no último dia 2 de setembro. Ela discorreu sobre o tema “Raízes e atualidades da relação Brasil e África”, a convite dos Bacharelados em Relações Internacionais e Políticas Públicas. Sua intervenção foi dividida em quatro tópicos: o passado escravista, as características e dinâmicas geopolíticas e sociais, os costumes e a dimensão política da nossa dívida com a África.
A abolição dos escravos, segundo ela, não se deu “porque num belo dia a nossa princesa Isabel acordou de bom humor e decidiu assinar a Lei Áurea”. O sistema, de acordo com a ex-ministra, teve seu fim graças exigências da sociedade da época e da Inglaterra. O fim do trabalho compulsório não acarretou uma integração dos libertos à sociedade. “Após a Lei dos Sexagenários e a Lei do Ventre Livre, os até então idosos e crianças escravos não tinham mais onde morar e se tornaram os primeiros mendigos do país”, afirmou.
Presença histórica
A escravidão esteve presente na maior parte da história do Brasil, ao longo de quase quatro séculos. A primeira relação Brasil-África, segundo Matilde, começou com a invasão portuguesa ao Brasil. Ao não conseguirem domesticar os índios que aqui viviam, os europeus passaram a importar negros para o trabalho compulsório.
A história africana, nas palavras de Matilde Ribeiro, não é muito estudada nas escolas, sejam públicas ou privadas. Assim, muitas vezes, os brasileiros se referem à África não como um continente repleto de diversidades étnicas e históricas, mas como um grande país, sem diferenças culturais internas.
O continente conta com 54 países independentes, cujas fronteiras foram delimitadas pelos colonizadores europeus. Possui grande diversidade de recursos naturais, alvo freqüente da cobiça externa. Sua população, de cerca de um bilhão de habitantes, é geralmente tratada de forma estereotipada.
Reportagem de palestra realizada: Octávio de Barros e as crises do sucesso
Reportagem palestra realizada: Márcio Pochmann: “O Brasil precisa investir em educação, tecnologia e inovação”
O professor do Instituto de Economia da Unicamp e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Marcio Pochmann proferiu, no dia 18 de junho, a palestra “Perspectivas do desenvolvimento brasileiro no contexto internacional”, no Campus de São Bernardo da UFABC.
Pochmann centrou seu raciocínio numa conhecida definição do revolucionário russo León Trotsky (1879- 1940): o capitalismo seria desigual e combinado em sua dinâmica global. A partir daí, o palestrante traçou uma síntese histórica do desenvolvimento econômico. Seus marcos essenciais, no século XX, seriam a derrocada da Inglaterra como potência hegemônica, após a I Guerra Mundial (1914-18), a conferência de Bretton Woods (1944), o rompimento da paridade entre o ouro e o dólar (1971) e a queda da URSS, em 1991, que abriu caminho para o neoliberalismo.
Crescimento Econômico e Paz
O crescimento econômico aumenta o nível de paz dentro e fora dos países? E o aumento da paz, eleva o crescimento econômico? Essas questões foram debatidas numa sessão realizada durante a Conferência Global Media Forum – The Future of Growth, Economic Values and the Media, organizada pela rede de comunicação alemã Deutsche Welle, que este ano celebra 60 anos, em Bonn, Alemanha. Nesse evento, o professor Gilberto Rodrigues, do Curso de Relações Internacionais da UFABC, analisou a posição do Brasil no Global Peace Index, elaborado pelo Institute for Economics and Peace, juntamente com representantes da Índia e da África do Sul.
Foto: Conferência principal de Noam Chomsky durante o evento da Deutsche Welle, na antiga sede do Parlamento (Bundestag) da Republica Federal Alemã, Bonn.