O ataque ao Charlie Hebdo: extremismo, xenofobia e luta de classes na França
O ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo gerou uma enorme comoção internacional e acendeu um amplo e agitado debate sobre o futuro da liberdade de expressão, da sátira e até mesmo da democracia. No calor do momento, porém, se deu prioridade ao aspecto sensacionalista sem se deter numa dimensão essencial, o papel da estrutura econômica, política e social francesa no acirramento das tensões internas. Partindo disso, esta atividade procurará debater os ataques do dia 09 de janeiro deste ano ao jornal satírico Charlie Hebdo sob a perspectiva da luta de classes na França, considerando a crise do modelo de acumulação capitalista francês e europeu e a atuação (sub)imperial do Estado Francês no Norte da África e no Oriente Médio.
Organização: GEPRICCS (Grupo de estudos e pesquisa Relações Internacionais, Capitalismo e Classes Sociais)
Apoios: Bacharelado em Relações Internacionais / Bacharelado em Ciências Econômicas /Grupo de Estudos Novo Bandung / Pós-graduação em Ciências Humanas e Sociais / Núcleo de Ciência, Tecnologia e Sociedade / Grupo Cadeias Globais de Valor / Grupo Ciência, Tecnologia e Relações de Poder / Observatório da Migração e da Mobilidade na Região do ABC
A África na longo duração
A Pró-reitoria de Extensão (Proex) em parceria com a Prefeitura de São Bernardo do Campo e Uneafro, sob coordenação dos professores Muryatan Barbosa e Paris Yeros, ambos credenciados no curso de Relações Internacionais da UFABC, promoveram no dia 02 de abril o primeiro dia do curso de extensão "A África na longa duração".
O Curso tem como proposta promover o conhecimento e reflexão sobre temáticas centrais da história da África.
Com carga horária de 21 horas o curso acontecerá em 7 dias:
- A África Antiga (02/04)
- A África nas relações intercontinentais (23/04)
- As diásporas africanas (28/05)
- Colonialismo e Descolonização (02/07)
- A África pós-colonial (30/07)
- A África na sala de aula (06/08)
- A União Africana e os desafios atuais da África (27/08)
PARA O DEBATE: Universidades e Relações Internacionais
Universidades e Relações Internacionais
Por Gilberto Rodrigues
“Conhecimento é poder”. Num mundo em que a ciência e a tecnologia se impõem como vetores privilegiados do desenvolvimento, essa frase ganha mais força e atualidade. Centros de produção e de aprendizagem de conhecimento, as universidades assumem protagonismo na estratégia dos países em manter ou ampliar seu lugar ao sol nas relações internacionais.
A internacionalização das universidades tornou-se forte indicador de sua capacidade de renovação, de inovação e de atração de talentos – seja de pesquisadores e docentes, seja de alunos. Quanto maior o índice de internacionalização – medido pela mobilidade estudantil, pelas pesquisas inter-universitárias, pela oferta de cursos em outros idiomas, por políticas de atração de estrangeiros, por ações de extensão em outros países (sobretudo em desenvolvimento) entre outros fatores – mais as universidades se tornam entes de projeção internacional de seus Estados.
Como projeção de poder (soft power), o poder do conhecimento, as universidades tornaram-se parte da política externa dos Estados desenvolvidos e em desenvolvimento. Nesse campo, os rankings universitários internacionais são poderosos instrumentos não apenas de reconhecimento das melhores universidades – em geral as mais internacionalizadas – como de consolidação da própria imagem de superioridade dos países que as abrigam.
Não à toa, as melhores universidades, de acordo com os rankings feitos no Norte Global (sobretudo EUA e Reino Unido) são dos países em que os rankings são produzidos. Também não à toa, a China, que hoje se projeta como novo polo de poder internacional, investe muito na educação e na pesquisa, por meio de suas universidades. Igualmente investe para ter e afirmar seus próprios rankings universitários internacionais, em que as universidades chinesas tem seu espaço garantido. Até mesmo a Turquia, país emergente com menos tradição universitária, criou um ranking desse tipo.
Passíveis de críticas na perspectiva educacional, os rankings internacionais são instrumentos cada vez mais relevantes na política internacional. E quanto mais os países em desenvolvimento investirem neles, tanto mais aumentarão suas chances de inserção internacional nesse campo. Então: por que o Brasil ainda não tem o seu?
Gilberto M. A. Rodrigues é professor no Curso de Relações Internacionais da UFABC.
Professor do BRI participa de encontro sobre a Presidência Pro Tempore do Mercosul.
A Presidência da República e o Itamaraty organizaram no dia 1 de abril em Brasília um encontro com representantes da sociedade civil, academia e diversos ministérios para apresentar as prioridades e agendas da presidência Pro Tempore brasileira do Mercosul que culminará com a Cúpula dos presidentes dos cinco países membros no final de junho no Brasil. Tema principal do encontro foi a organização da XVII Cúpula Social do Mercosul a ser realizada como parte das atividades. Entre os cursos do RI convidados, o BRI, representado pelo seu coordenador, Prof. Giorgio Romano.
Jefferson Miolo, assessor internacional da Secretaria-Geral da Presidência - de lado direito do Prof. Giorgio Romano - com participantes do encontro
Embaixador Celso Amorim na UFABC
Ontem (25/03) o Embaixador Celso Amorim, ex-Ministro de Relações Exteriores do Itamar Franco e do Lula e ex-Ministro de Defesa da Dilma esteve na Universidade Federal do ABC convidado pelo Bacharelado em Relações Internacionais para uma Aula Magna sobre os desafios de uma política externa ativa e altiva.
Estavam presentes o reitor Klaus Capelle, o coordenador do Bacharelado em Relações Internacionais Giorgio Romano, alunos e professores da UFABC e de várias outras universidades, além de militantes de organizações sociais.
O auditório no campus São Bernardo do Campo ficou lotado para assistir o Embaixador e obter autógrafos em seu último livro (Doha, Ramallah e Teerã). Seu relato incluiu bastidores da Rodada de Doha, da mediação do Brasil nas negociações de paz do Oriente Médio e da tentativa bem-sucedida de, junto com a Turquia, obter um acordo de controle nuclear com o Irã.